Veja como elaborar uma carta de vinhos para seu bar ou restaurante

Gestão 24 de setembro de 2019

Para montar a carta de vinhos do seu restaurante, é preciso considerar que servir essa bebida é um ritual. Cada detalhe, desde a taça adequada até a temperatura, ajuda a formar um clima mais sofisticado e influencia a experiência do cliente.

Aliás, mesmo o melhor vinho do mundo pode ter sua degustação prejudicada por um simples detalhe ao servi-lo. Por isso, vamos relacionar os mais importantes para você. Saiba que, nesse tipo de serviço, não existem grandes dificuldades, mas regras bem claras e tradicionais que precisam ser respeitadas. Confira!

Opções de sua carta de vinhos

Oferecer boas opções em sua carta de vinhos é um requisito para receber um público cativo, que adora a bebida, e consequentemente aumentar as vendas. Se fizer boas escolhas, consegue criar uma ótima adega sem precisar investir valores exorbitantes.

Especialmente nos dias frios, a maioria das pessoas aprecia um bom vinho, e outras não os dispensam quando querem se aquecer. Não ter opções variadas durante o inverno pode fazer com que muitos clientes prefiram a concorrência, como também já ocorre com as cervejas artesanais.

Os passos para elaborar sua carta de vinhos

Antes de falar sobre os passos para definir a carta de vinhos, nossa dica é que você se interesse por conhecer sobre vinhos. Independentemente de degustá-los eventualmente ou não, o conhecimento sobre eles funciona como um hobby para muitas pessoas e esse envolvimento com o tema ajuda a orientar a equipe e, consequentemente, facilita aos clientes decidir sobre a melhor opção.

Harmonize os vinhos com o cardápio

De todas as dicas que você pode oferecer para o consumidor, a harmonização com os pratos de seu cardápio é, sem dúvida alguma, a mais útil e importante de todas, especialmente em alguns casos. Por exemplo, o vinho verde tem um sabor incomum e cai muito bem com peixes e carnes fortes, mas não é indicado como aperitivo.

Combinado com o prato errado ou como aperitivo, ele pode não agradar e, para o mesmo cliente, ele pode parecer maravilhoso com a comida certa. De outro lado, o vinho do porto é imbatível como aperitivo, mas não costuma ser oferecido como acompanhamento da refeição.

Por isso, você deve oferecer essa informação no cardápio. Assim, o cliente saberá que vinho pedir de acordo com o prato da preferência dele. Além disso, você pode fazer uma pesquisa com seus fornecedores sobre essa informação e, ao incluí-la no menu, não haverá necessidade de memorizar as combinações.

Organize os vinhos de acordo com os tipos

Os vinhos devem estar dispostos por ordem cronológica de acordo com a origem. Ou seja, primeiro os nacionais ou os do país tema da culinária do estabelecimento. Por exemplo, italianos para uma cantina.

Em seguida, exatamente na ordem da lista abaixo, relacione os vinhos:

  • aperitivos;
  • espumantes;
  • brancos;
  • roses;
  • tintos;
  • digestivos.

Escolha bons vinhos de acordo com seu público

Comece pelo seu público para escolher uma carta de vinhos adequada. Ele conhece vinhos? Bebe habitualmente? Ocasionalmente? Prefere uma ou duas taças? Ou uma garrafa inteira? Procura vinhos especiais? Deseja um bom custo benefício? Ou se acostumou com o sabor dos mais populares?

Conforme as respostas que der a essas perguntas, obrigatoriamente as escolhas vão mudar, mesmo assim, podemos dar algumas dicas gerais. A primeira delas é que os vinhos com o título de “reservados” indicam que são de castas especiais da vinícola, já os “seleção”, misturam uvas sem uma definição clara da casta, por isso são mais baratos.

Algumas uvas costumam representar quase que uma garantia de um bom vinho, dependendo do país de origem. É o caso do tipo Malbec entre os argentinos e do Carménère no caso dos chilenos, ainda que ambas as castas sejam originárias da França, onde existem exemplares imbatíveis. Já as vinícolas brasileiras são altamente premiadas por alguns de seus espumantes.

Saiba servir o vinho

Vamos começar com duas regras importantes: abra o vinho na frente do cliente e sirva uma prova. Tradicionalmente, a prova é servida ao homem e, nos dias atuais, algumas pessoas podem interpretar esse hábito como uma manifestação machista. Uma boa forma de resolver isso e evitar inconvenientes é com uma pergunta simples: posso servir uma prova?

Desse modo, você não corre o risco de ofender ninguém. O próprio cliente decidirá como quer ser servido. No entanto, se achar que essa pergunta não é aconselhável, o indicado é que siga a norma de etiqueta e permita a degustação.

Alguns restaurantes servem vinhos em taças e não em garrafas. Esse é um hábito muito comum em alguns países e mesmo em algumas cidades brasileiras. No entanto, o ideal é fazer isso com uma máquina especial. Ela permite abrir o vinho sem que entre ar na garrafa, de forma que a bebida não estrague, mesmo que parte dela continue armazenada.

De qualquer modo, o ideal é que você faça um levantamento de rotatividade e de preço, especialmente o do equipamento, para saber se vale a pena oferecer essa opção. Além disso, invista no treinamento da equipe.

Siga as regras de apresentação

Existem regras formais sobre as informações que devem ser passadas, mas você não precisa se limitar a elas. O importante é que seu cliente tenhas todas as informações de que precisa sem necessitar fazer perguntas.

Algumas pessoas podem ficar constrangidas se precisarem tirar dúvidas, pois não querem dar a impressão de que não entendem de vinhos, mesmo que não tenham muita informação. Você vai encontrar os detalhes que sugerimos no rótulo do produto. São eles:

  • nome completo;
  • DOC: denominação de origem controlada, que é uma certificação de vinhos originários de certa região;
  • varietal: é a descrição do tipo da uva usado no vinho quando ela corresponde a 100% de uma casta, ou 75/80% de uma uva principal;
  • safra;
  • nome da vinícola;
  • graduação alcoólica;
  • casta e produtor;
  • preço: inclua o valor da garrafa e da taça, caso sirva as duas opções.

Um pequeno texto descritivo do vinho também é uma ótima opção. Ele ajuda o cliente a entender como pode combiná-lo, caso não tenha verificado no momento de escolher o prato, e garante mais autonomia para o consumidor.

Terminamos com nossas dicas para a sua carta de vinhos lembrando sobre a importância de se preocupar com um bom layout, que facilite a consulta e transmita uma boa imagem do restaurante. Com uma boa carta, o restaurante estará mais preparado para datas comemorativas e para os dias de inverno.

Por falar nisso, aproveite e confira nossas dicas sobre como planejar promoções em datas comemorativas.

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